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Resenha | Caixa de Pássaros - Josh Malerman


"O homem é a criatura que ele teme"

Caixa de Pássaros vem pra consagrar Josh Malerman já no seu romance de estréia, como um dos livros mais desejados pra esse ano. Após o lançamento do livro, e de toda a divulgação, eu fiquei extremamente curiosa pra saber mais sobre essa história, mas especificamente para saber o fim dela.

Malorie, após viver quatro anos dentro da mesma casa com os dois filhos, decide sair de casa e enfrentar o rio e todas as criaturas que ainda vivem por lá na esperança de encontrar outros sobreviventes. Mas antes de sair ela enche os filhos de precauções, as principais são: "não tirem a venda" e "escutem".

Desde o nascimento das crianças, Malorie as treina para que ouçam, e faz isso muito bem, pois as crianças escutam tudo inclusive emoções. Eles poderiam dizer que você está sorrindo mesmo sem olharem para o seu rosto.

"As pessoas estão vendo algum coisa que as leva a machucar os outros. A machucar a si mesmas."

Durante o percurso Malorie relembra dos momentos de sua vida. As lembranças lhe afastam da realidade que está a sua frente. Ela está remando em um rio vendada, com duas crianças de quatro anos de idade tentando ouvir qualquer coisa que pareça anormal. 

Viajamos no tempo para conhecer as pessoas que antes moravam com Malorie. Dividimos quartos, conversas, músicas, escuridão e loucura. Nos deparamos com algo que não sabemos o que é, mas que rouba nossa sanidade apenas por nos atrevermos a abrir os olhos.

"Como pode esperar que seus filhos sonhem em chegar as estrelas se não podem erguer a cabeça e olhar pra elas?"

Caixa de Pássaros nos deixa confusos, loucos e perturbados. Coloca uma venda nos nossos olhos e não nos deixar ver nada. Assim como os filhos de Malorie só podemos escutar e se tivermos sorte, não precisaremos sentir as criaturas chegando mais perto.

Um dos melhores thrillers que já li na vida. E quanto ao final tão comentado, digo apenas que foi um bom final, até porque eu assumi as dores e responsabilidades de Malorie enquanto lia, me senti forte e vulnerável ao mesmo tempo. E depois de fazer meu coração pulsar tão forte, nada melhor que um final que te faz respirar, de alívio? De decepção? Não sei, só você lendo pra saber, afinal gostos são tão distintos quanto o sabor de cordão umbilical.

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