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Resenha | Vovó Vigarista - David Walliams


Nada melhor que reviver um pouco da infância ao lado de Ben, um garoto de onze anos que sonha em ser encanador, e sempre que pode passa suas horas vagas construindo complexos tubos de encanação. Os pais de Ben não são presentes, sempre que você quiser encontrá-los é só se dirigir até a sala que lá eles estão, assistindo Dançando com Superestrelas, o programa favorito dos dois que amam dança de salão, mas que começaram a amá-la tarde demais para se tornarem dançarinos profissionais, e agora eles querem que Ben se torne um famoso dançarino.

A casa era repleta de livros, e ela vivia tentando convencer Ben a ler algum deles, apesar de ele odiar ler.

As sextas são os dias de "namorar", como dizem os pais de Ben. Então, ele sempre é levado para passar a noite na casa da avó. O problema é que a avó de Ben tem cheiro de repolho, faz sopa de repolho, bolo de repolho e tudo o mais que você possa imaginar de repolho. Além de adorar palavras-cruzadas e obrigar bem a fazer com ela.

Mas tudo muda quando ele encontra uma lata comemorativa dos 25 anos de coroação da rainha Elizabeth II que está cheia de jóias, e começa a investigar sua avó. Seguindo-a a pé enquanto ela vai a toda velocidade sobre sua moto elétrica que atinge o máximo de 6 km/h. As descobertas que Ben faz, nos deixa de queixo caído, e faz o dele cair também.

Apesar de detestar ler, Ben adorava ver as capas dos livros de sua avó

Vovó Vigarista é daqueles livros que o autor escreve pra crianças ao mesmo tempo que pra ele mesmo, por isso se torna maravilhoso tanto pra crianças quanto para adultos. Nos deparamos com situações que quando criança vivemos ou presenciamos. Aprendemos lições da mesma forma que aprendíamos quando tínhamos 5 anos de idade e nossas mães liam histórias antes de pegarmos no sono.

Se você tem filho garanto que ele vai começar a sonhar em ser encanador quando você contar essa história a ele, e se você não tem filhos vai se sentir uma criança novamente ao se imaginar em situações tão inusitadas, e se pegar rindo de piadas bobas. 

Isso é o que vale ler um livro infantil, fazer renascer a criança que existe em você, nem que seja por apenas algumas páginas.

Você, jovem que está me assistindo agora, quem sabe possa ceder seu lugar no ônibus para um idoso. Ou ajudá-lo a carregar as compras. Fazer palavras-cruzadas conosco. Por que não nos dar um saquinho de balas de menta de vez em quando? Nós, idosos, adoramos balas de menta. E acima de tudo, jovens deste país, quero que vocês se lembrem disto: nós, pessoas de idade, definitivamente não somos chatas. Nunca se sabe, um dia ainda poderemos até surpreendê-los.

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