Garotas de vidro entrou para
minha lista de desejados depois que assisti uma resenha sobre ele no canal da
Pam Gonçalves. E como normalmente acontece eu não me arrependi nenhum pouco de
ter embarcado nessa história.
Lia é uma adolescente com sérios
problemas em relação à forma como enxerga seu corpo. Lia tinha uma melhor amiga
chamada Cassie, e um dia ela recebe a notícia que sua amiga morreu em um motel
sozinha, mas, além disso, que antes disso ela ligou várias vezes para Lia.
Lia começa a se sentir culpada
por não ter atendido as ligações, apesar de que, quando Cassie morreu elas não
estarem mais conversando, decisão tomada pelos pais de Cassie que achavam Lia
uma má influencia.
Não existe cura mágica, nem como fazer tudo desaparecer para sempre. Existem apenas pequenos passos adiante; um dia mais fácil, uma risada inesperada, um espelho que não importa mais.
O livro aborda muito mais que apenas
um drama de adolescentes, mostra como distúrbios alimentares são destrutivos, e
mais que isso, a forma como as pessoas que passam por isso se enxergam.
Lia não passa de uma adolescente
lutando contra seus fantasmas, ao mesmo tempo em que não sabe se continuar
lutando é realmente a melhor forma de continuar vivendo.
Com abordagens como tentativa de
suicídio, depressão, bulimia e anorexia, o livro traz consigo uma carga bem
pesada para quem se arrisca por suas páginas. Mas é exatamente por isso que é
um livro muito indicado para adolescentes e para adultos que queiram entender
melhor o que se passa na cabeça de pessoas que sofrem com esses distúrbios.
Se vale a pena ler? Talvez seja
uma daquelas leituras obrigatórias que vão te fazer pensar em porque demorou
tanto para ler. Mas prepare-se não é uma leitura fácil, em alguns momentos ela chega a ser
desesperadora.
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